The_Door_Hell

Saturday, July 10, 2004

Magia Negra

Os programas de morte construídos dentro de nossa estrutura emocional e
comportamental, ambas genéticas e hereditárias, são o preço que pagamos pela
capacidade de reprodução sexuada, a única que permite mudanças evolutivas. Somente
são imortais aqueles organismos que se reproduzem assexuadamente, reproduzindo
inúmeras cópias idênticas de suas próprias formas, extremamente simples. Duas
conjurações com o poder negro são de particular interesse para o mago: lançamento de
encantos de destruição e o ato de se evitar uma morte prematura.
Os assim chamados ritos "Chod" são um ensaio ritual da morte, onde o "eu-morte" é
invocado para manifestar seu conhecimento e sabedoria. Tradicionalmente concebido
como uma figura de um esqueleto vestido em uma túnica negra e armado com uma
foice, o "eu-morte" é responsável pelos mistérios do envelhecimento, senilidade,
morbidez, necrose, entropia e decadência. Ele também possui um senso de humor
pervertido e que denota enfado em relação ao mundo.
Cercado por todos os símbolos e parafernália da morte, o mago invoca o "eu-morte" em
um rito "Chod" para um dos dois propósitos mencionados anteriormente.
Primeiramente a experiência do "eu-morte" e a gnoses negra trazem o conhecimento do
que se sente no momento que se começa a morrer. Isto prepara o mago para resistir às
manifestações de uma morte prematura real, por conhecimento do inimigo. Um
demônio é somente um deus agindo fora de sua vez ( fora do momento certo ). No
curso de vários ritos "Chod" o mago pode, convenientemente, experimentar praticar o
banimento, em estilo xamânico, de entidades e símbolos visualizados e invocados que
são associados a várias doenças. Portanto, o "eu-morte" tem algumas utilidades em
diagnose médica e adivinhação.
Em segundo lugar, o "eu-morte" pode ser invocado como uma condição privilegiada
para lançar encantos de destruição. Neste caso, a invocação toma a mesma forma geral,
porém a conjuração é normalmente chamada de Rito de Entropia. Deve-se sempre
procurar alguma alternativa possível para o exercício da magia destrutiva, pois ser
forçado a uma posição de ter que usá-la é uma demonstração de fraqueza. Em cada
caso, o mago deve estabelecer um mecanismo no subconsciente pelo qual o alvo possa ir
à ruína e, então, projetá-lo com a ajuda de um sigilo ou, talvez, de um servidor
invocado. Magia Entrópica funciona mandando ao alvo informações que estimulam o
comportamento auto-destrutivo. Magia Entrópica difere da magia de combate da
gnoses vermelha em muitos aspectos importantes. Magia Entrópica é sempre realizada
com completa discrição, na fúria fria da gnoses saturnina negra. O objetivo é um golpe
cruel e cirúrgico sobre o qual o alvo não tem nenhum aviso. O mago não está
interessado em uma luta mas, sim, numa morte rápida e eficiente. A grande vantagem
de tais ataques é que, raramente, eles são percebidos como tais pelos alvos. Desta forma,
o alvo, sem saber o que está acontecendo, terá pouca chance de se queixar pelos
desastres que lhe sucederão. Uma desvantagem, entretanto é que é muito difícil
apresentar orçamentos a clientes por efeitos que aparentam ser devidos a causas
naturais.
Formas de deus do poder negro são Legião; se a forma de um simples esqueleto de
manto com uma foice não simboliza adequadamente o "eu-morte", então formas como
Charon, Thanatos, Saturno, Chronos, a bruxa Hécate, irmã negra Atropos, Anúbis,
Yama e Kali podem servir.
Raramente são estabelecidos servidores do poder negro para uso geral a longo prazo.
Isto ocorre, em parte, porque seu uso é apropriado para ser esporádico e, por outro
lado, porque eles podem ser perigosos para o seu possuidor. Assim, a tendência é que
eles sejam feitos e enviados para um trabalho específico.

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